sexta-feira, 9 de maio de 2008

Um Relato de uma Jovem da RCS na Conferência Nacional de Juventude

Depois de quase oito meses de articulação realizou-se no final do mês de abril, em Brasília, a Primeira Conferência Nacional de Juventude. Na mesa de abertura, representações do governo parabenizaram as articulações feitas em todos os estados.

O evento foi tranqüilo e muito construtivo: havia 23 grupos de trabalhos nos quais foram realizadas grandes discussões. O aborto foi discutido em praticamente todos os grupos, uns mais flexíveis outros mais conservadores, mas todos expuseram suas opiniões. Em cada GT (grupo de trabalho), foram lidas todas as propostas eleitas em cada estado, tendo como objetivo final a eleição de quatro propostas por GT para serem votadas no momento interativo onde escolheríamos as prioridades da Conferência.

Por toda estrutura do evento, havia estandes de várias ONGs, grupos, associações, fóruns, entre outros, nos quais se disponibilizavam todo tipo de material informativo. Conseguíamos ali saber de muitas ações que acontecem pelo Brasil a fora, muitas das quais parecidas com as que realizamos aqui no RJ, como por exemplo, as relacionadas à melhoria da Educação, Direito à Cidadania, entre muitas outras bandeiras levantadas.

O estande que chamou mais atenção foi o do Ministério da Saúde com o dispensador de preservativos – máquina que distribui preservativos. A idéia é que a máquina seja instalada em escolas, colégios, clubes e outros espaços freqüentados por jovens a fim de aumentar o número de jovens que aderem à camisinha.

Uma grande parte dos jovens assistiu às plenárias (duas no total), nas quais votamos a aprovação ou os vetos de diversas moções e as quatro prioridades finais da Conferência. Foram cerca de 100 propostas candidatas a prioridades; foram eleitas as 19 mais votadas e as outras três foram decididas em plenária. Após muitas falas, a favor e contra, conseguimos eleger as 22 prioridades da Primeira Conferência Nacional de Juventude.

As prioridades eleitas afetam direta e indiretamente os jovens de todos os estados, já que contemplam os direitos do cidadão: Educação, Saúde, Lazer, entre outros. Devemos parabenizar todos os delegados que lutaram para que essas prioridades chegassem até lá (inclusive os 190 delegados do Rio de Janeiro).

Agora cabe a cada um de nós lutar para que essas prioridades não fiquem somente no papel, mas que virem planos, leis, ações para que essa Conferência tenha realmente um sentido e que as próximas dêem continuação a todas as propostas e experiências que tivemos. Assim, quem sabe, conseguiremos dar início à grande mudança que fará nosso Brasil mais igualitário.


*Mariana Gomes

Agente do Núcleo Comunitário de Prevenção PROA-Morro dos Prazeres/Delegada na Conferência Nacional de Juventude

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